sábado, 14 de julho de 2012

Empresas assumem 'compromisso voluntário' com outros métodos – 12/07/12

http://www.jornalfloripa.com.br/cienciaevida/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=2282
Grandes empresas de cosméticos afirmam que baniram os testes em animais no Brasil e só os fazem quando existe uma exigência legal ou quando não há oferta de métodos alternativos.
Os testes em animais no Brasil são exigidos em casos específicos. Fraldas e absorventes, por exemplo, são avaliados em cobaias antes de chegarem ao mercado, conforme prevê uma portaria do Ministério da Saúde.
Mas, diferentemente de países europeus e dos EUA, onde existem selos de identificação de produtos não testados em animais (veja ao lado), não há certificação no mercado brasileiro garantindo que o cosmético não passou por testes em animais.

BOICOTE
A Unilever, multinacional dona das linhas Dove e Rexona, entre outras, foi alvo recentemente de uma campanha de internautas. Eles criaram uma página no Facebook pedindo boicote aos produtos da empresa por causa da falta de clareza em relação aos testes em animais.
Em nota à Folha, a Unilever afirma não realizar testes em animais no Brasil.
"A companhia trabalha em colaboração com outras empresas e centros de pesquisas no sentido de desenvolver métodos alternativos de testes, que forneçam uma avaliação segura do produto e do ingrediente sem o uso de animais vivos."
A P&G, outra multinacional do setor (marcas como Gillette, Pantene e Wella), também afirma, em nota, estar "comprometida em eliminar testes em animais".
"Sempre que possível, a companhia opta por utilizar métodos alternativos", afirma a empresa, que divulga um investimento de US$ 250 milhões no "desenvolvimento de mais de 50 métodos alternativos aprovados".
A Abihpec, entidade que reúne os fabricantes de produtos de higiene, perfumaria e cosméticos, afirma em nota que "a indústria brasileira demonstra um compromisso voluntário de não realizar testes em animais".
A indústria brasileira Natura relata que iniciou estudos com métodos alternativos em 2001 e que baniu definitivamente os testes em animais em 2006.
Para isso, montou um laboratório em Paris, na França, e fez parcerias com centros nos EUA que desenvolvem alternativas.
"Cada novo ingrediente passa por uma bateria de testes. Modelos de computação comparam essas moléculas com outras já conhecidas. Depois, a substância segue para testes in vitro", diz Rodolfo Guttilla, diretor de assuntos corporativos da Natura.

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